Carlos do Carmo nasceu em Lisboa. Filho de Lucília do Carmo, uma das maiores fadistas do século XX, e de Alfredo de Almeida, livreiro e posteriormente empresário na indústria hoteleira. Pode dizer-se que Carlos do Carmo foi criado no meio de uma atmosfera artística. A casa de seus pais, na parte velha da cidade, Bairro Alto, era um lugar de reuniões de intelectuais e de artistas, algumas das figuras proeminentes da Lisboa de então. Carlos do Carmo iniciou em 1963 uma das carreiras mais sólidas no panorama artístico português, para a qual contribuiu a sua coragem de assumir o Fado no masculino e também o facto de trazer para o Fado novos elementos: contrabaixo e formação com orquestra, entre outros e ainda novos talentosos compositores, bem como a poesia e a prosa de grandes poetas e escritores contemporâneos portugueses.Por tudo isto, são inúmeros os prémios e honrarias recebidos até hoje.

Carlos do Carmo integrou a equipa coordenadora da Candidatura do Fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade e tem dado um enorme incentivo aos jovens que o procuram para aprofundar a investigação dos seus estudos sobre este tema, estimulando-os a escrever sobre o Fado.

Viveu momentos únicos de felicidade ao ver o Fado reconhecido como Património Oral e Imaterial da Humanidade.

Em 2011 recebeu um convite da consagrada pianista de renome mundial, Maria João Pires, para juntos gravarem um disco com músicas de António Victorino de Almeida e com as palavras de alguns dos melhores poetas portugueses.